Como apresentar o Evangelho aos meus filhos?

O Evangelho é simples e deve ser apresentado com simplicidade. Em que momento? Os pais têm os melhores anos da vida da criança para explicar, enfatizar, ensinar e reafirmar as verdades do Evangelho. O que os pais não podem fazer é acharem que outra pessoa pode apresentar melhor o evangelho e, assim, se esquivar dessa responsabilidade.

Os pais, mais do que ninguém é que deveriam ter todo o tempo do mundo para serem detalhistas, ouvir bem e sem pressa os filhos, corrigi-los quando necessário, ilustrar ensinamentos bíblicos, etc. Isso requer bastante tempo, criatividade, paciência. É um desafio diário. Após um tempo, a melhor alegria deve ser a criança demonstrando algum grau de real entendimento e compreensão do Evangelho. É nesse momento que nós, como pais, segundo o autor, não devemos anular expressões infantis de fé como se fossem insignificantes ou engraçadas. Pelo contrário, os pais devem encorajar todo sinal de fé em seus filhos, sem ridicularizá-los ou menosprezá-los e aproveitar todo oportunidade para ensiná-los mais.

Além de investir tempo (algo bastante difícil hoje em dia), devemos ensinar aos nossos filhos todo o conselho de Deus. Não existe uma menor parcela da verdade de Deus na qual uma pessoa pode crer e ainda assim chegar ao céu. São os pais, mais do que ninguém, que devem resistir a esse pensamento e ser fiéis, constantes e diligentes.

Ainda na mesma ideia, precisamos enfatizar as doutrinas fundamentais do Evangelho. Fazê-los entender que Deus é um Deus Santo; que o mau comportamento não é meramente uma ofensa contra a mãe e o pai, mas, antes do tudo é um pecado contra Deus; que Cristo é eternamente Deus, Senhor de todos, se fez homem, é completamente puro e sem pecado, se tornou sacrifício pelo nosso pecado, derramou seu próprio sangue, morreu na cruz para oferecer um caminho de salvação aos pecadores, ressuscitou triunfantemente dentre os mortos. É possível sim ensinar e explicar tudo isso para uma criança, pois, com a ajuda de Deus, podemos ser pais sábios.

Algo que achei interessante que o autor ressaltou foi que em muitas mentes evangélicas modernas, o ato de orar para convidar Jesus a entrar no coração se tornou praticamente um meio sacramentado de salvação. Se usarmos metáforas para esclarecer alguns aspectos do Evangelho, devemos nos certificar de distinguir com cuidado a metáfora da realidade. Quando, por exemplos, fazemos imagens de corações pecaminosos escuros ou sujos (pelo pecado), ou quando fazemos a criança pensar em Jesus batendo na porta do coração delas, elas tendem a fazer uma interpretação muito literal do que lhes é dito. Essas palavras em forma de imagens, se não forem cuidadosamente explicadas, podem realmente ser um impedimento, em vez de uma ajuda, à compreensão do Evangelho. Talvez muitos de vocês não concordem, mas se a criança sair pensando em termos literais que Jesus está de pé junto à porta do coração, esperando um convite para fixar residência nele, falhamos em tornar o Evangelho claro. Ao invés disso, enfatize o que a Bíblia requer dos pecadores: arrepender-se, desviar seu coração de tudo que desonra Deus, seguir Jesus e confiar nele como Senhor e Salvador.

Para que o texto não fique mais extenso, o autor conclui o capítulo dizendo que muitos pais poderão se sentir desqualificados, ainda mais quando sabem que o caráter e a conduta devem ser compatíveis com o que ensinam. Mas não há mistério, basta lermos Deuteronômio 6:6-7: "Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar".

A tarefa de ensinar é uma ocupação interminável, em tempo integral!

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Se ainda não leu as postagens anteriores, aqui estão:
Parte 1 - Como vou criar meus filhos?
Parte 2 - Se eu for uma mãe negligente...
Parte 3 - Métodos infalíveis para criação de filhos!

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Comentários

  1. Quanta sabedoria e quão bom será que muitos pais tenham acesso a esses alertas sobre a criação de filhos, missão ímpar, mas delegada a terceiros por uma grande maioria dos pais que começam a sua vida familiar, isso é muito lamentável. :(

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